A responsabilidade
penal no Brasil despertou o
questionamento da sociedade devido ao número de atos infracionais cometidos por
menores que tem aumentado nesses últimos anos. Pode-se citar como um dos
levantamentos mencionados, a opinião do Relator do projeto da CCJ, Ricardo
Ferraço, onde afirma : “a sociedade não pode
mais ficar refém de menores que,
sob a proteção da lei, praticam os mais
repugnantes crimes”. Mas será que a redução da maioridade penal é uma formula
para diminuir o crescente nível de violência em nosso país?
A redução da
maioridade para 16 anos (proposta mais relevante) desenvolveria a curto e longo
prazo sérios problemas sociais, como a superlotação do sistema penitenciário e
geraria um ciclo vicioso do uso dos menores no crime: hoje os criminosos
colocam na linha de fogo os de 17 e 16 anos(os números devem ser em ordem
crescente: 16 e 17 anos), amanha(mais tarde) com tal redução utilizarão os de
15 e 14 anos(14 e 15 anos). Como diria José Saramago: ”para liquidar o dragão é
preciso corta-lhe a cabeça, aparar-lhe as unhas não serve para nada’’, ou seja,
faz-se necessário resolver o problema sem causar outros para quaisquer setores
da sociedade.
Milhares de adultos
lotam presídios em situações precárias, o que garante ser diferente com jovens?
E, onde encaminharão estes, sendo que no Brasil a superlotação prisional é,
talvez, o mais grave dos problemas que aflige o sistema penal brasileiro? São
questionamentos que devem ser levados em consideração antes de sugerir tamanha
mudança em uma Constituição. Pois, encarcerar jovens não nos trará paz e
segurança e sim, camuflar a questão.
Cabe ressaltar
ainda que muitos desses jovens não dispuseram de condições dignas e humanas
para seu desenvolvimento.não tiveram uma educação que ajudasse no seu
amadurecimento sócio- psicológico.Tais indivíduos viram no crime a única
solução para ascenderem na sociedade. Isso não é justificativa para poupá-los e
sim para resssocializá-los.
Diante desses
fatos, para a sociedade é mais fácil dizer que o ECA, é um incentivo à
criminalidade, pois não pune o menor infrator, do que tomar medidas preventivas
como, investir no sistema educacional, garantir qualidade de vida as famílias
carentes, para que esses jovens não tenham que se deparar com a desigualdade
batendo na porta. Além de cobrar a correta aplicação das leis, ao invés de
procurar outras medidas instáveis, tomados no calor dos fatos.
O consumismo é uma
compulsão caracterizada pela busca incessante de objetos novos sem que haja
necessidade dos mesmos. Após a industrialização, criou-se uma mentalidade de
que quanto mais se consome mais se tem garantias de bem-estar, de prestígio e
de valorização, já que na atualidade as pessoas são avaliadas pelo que possuem
e não pelo que são.
Uma pessoa pode ser
considerada consumista quando dá preferência
ao shopping a qualquer outro tipo de passeio, faz compras até que todo o
limite de crédito que possui exceda, deixa de usar objetos comprados há algum
tempo, não consegue sair do shopping sem comprar algo, se sente mal quando
alguém usa um objeto mais moderno que o
seu, etc.
O consumismo é
fortemente induzido pelo marketing que consegue atingir a fragilidade íntima
das pessoas e este é um dos motivos pelos quais o sexo feminino é mais propenso
à compulsão. Para a psicanálise, o marketing interfere na diferenciação do que
se deve ou não comprar, tornando assim as pessoas incessantemente descontentes
buscando nas compras algo que as conforte. Essa compulsão leva as pessoas a
desprezarem seus valores e sua situação financeira e as mantêm em estado
de fascínio e até de hipnose. Muitas
pessoas destroem seu casamento ou outro tipo de relação e ainda se colocam em
difíceis situações devido às más condições financeiras provocadas por tal
compulsão.
É importante lembrar
que nem todas as pessoas que consomem muitos supérfulos são consumistas.
Pessoas com bom poder
aquisitivo que não sacrificam suas vidas para ir às compras não são
necessariamente consumistas compulsivas.Por outro lado existe também o consumo consciente, que é aquele em que as pessoas compram produtos que estão precisando verdadeiramente. Pesquisam os melhores preços e buscam produtos que não prejudicam a natureza.
Você sabia?
- O consumismo tem se tornado um grande inimigo do Meio Ambiente. O lixo e outros resíduos gerados pelas embalagens e produtos descartados tem causado grandes problemas ambientais, principalmente nos grandes centros urbanos.
1) Não gaste mais do que ganha -Consumo consciente e responsável começa pelo respeito ao próprio bolso. O limite dos gastos deve ser o da própria renda. Não consegue ganhar mais? Então tem de gastar menos.
2) Saiba quanto gasta -Quem não sabe quanto gasta, sempre gasta mais do que pode. Faça anotações. Controle suas despesas durante algum período, inclusive as pequenas.
3) Exija comprovante fiscal -É mais do que um simples pedaço de papel. Você assegura seus direitos em caso de reclamação, ajuda a combater a sonegação, a gerar empregos, impostos, além de facilitar o controle das suas próprias contas.
4) Conheça (e exija) seus direitos -Leia o Código de Defesa do Consumidor pelos menos uma vez. Nota fiscal, termo de garantia, cumprimento de prazos, controle de validade, selos de certificação, boa qualidade e bom atendimento são itens pelos quais você paga. Exija isso.
5) Controle seu orçamento - Primeiro, faça um orçamento. Pode ser simples. Inclua todas as receitas e despesas previstas. Depois, faça anotações, controles e compare os valores orçados com os realizados. Vá ajustando com o passar do tempo. Este item merece orientação e acompanhamento contínuo, mas vale a pena!
6) Não compre por impulso -Planejamento e autocontrole são palavras-chaves. Para o mercado, faça lista de compras. Quando comprar vestuário, compre o que precisa, não o que os vendedores disserem que fica bem em você. Pensou em comprar? Dê mais uma caminhada. Pesquise. Compare. Negocie. Valorize o seu dinheiro. Ficou em dúvida? Não compre.
7) Compre sempre à vista - Há muitas razões para isso: melhores preços e condições, melhor atendimento, mais prazer, força de negociação... Mas a principal razão é outra: quem compra à vista não se endivida.
8) Controle a validade e a qualidade dos produtos - A melhor maneira de preservar o dinheiro é não desperdiçar. Boas compras ajudam a preservar seu dinheiro. Quer comprar? Alguém quer vender. Use seu poder de consumidor. Exija qualidade.
9) Seja responsável com a natureza e o planeta -Valorize produtos de fornecedores certificados, de baixo consumo, feitos com material reciclado ou reciclável. Ao descartar produtos, seja seletivo, especialmente com pilhas, baterias e similares. Aproveite os descontos oferecidos nos estabelecimentos para desestimular o uso de sacolas plásticas. Faça a sua parte. Seu bolso também agradece.
10) Seja responsável com a sociedade -Na hora de escolher um produto ou fornecedor, lembre-se de que por trás das falsificações, da informalidade, dos produtos de origem desconhecida e da pirataria, pode haver crimes, trabalho escravo, desemprego, desrespeito à natureza e à dignidade humana. Consumidor responsável estimula e prestigia o comércio e a indústria responsáveis.
O Vídeo logo abaixo retrata bem o consumismo:
Pensar antes de comprar algo que já possua ,é a melhor forma de evitar maiores problemas com o Consumismo.